domingo, 19 de outubro de 2008

Émerson, não te quero na seleção

“Se ele jogasse no Werder Bremen, ele já estaria na seleção”. Perdi as contas de quantas vezes eu ouvi essa frase de um torcedor do Avaí no jogo contra o Criciúma, no dia 10/10, na Ressacada.

Comentário muito comum e pertinente, aliás. A frase se referia ao zagueiro Émerson, titular absoluto do Avaí na temporada.

O atacante do Criciúma, o famoso artilheiro internacional Jardel, não conseguiu em momento algum ser problema para o goleiro Eduardo Martini. Graças à marcação implacável e à segurança de Émerson.

Há muito tempo o zagueiro do Avaí vem mostrando um excelente futebol, tornando-se decisivo em muitos jogos. Na minha opinião, diferentemente do que dizem os especialistas da crônica esportiva, Émerson é hoje o melhor jogador do Avaí.

Émerson chegou no Avaí em fevereiro e teve o contrato, que terminava no final do ano, prorrogado até 2011. Ele é também um zagueiro artilheiro. Nesse Brasileiro da Série B já marcou 7 gols, coisa rara pra quem tem como primeira obrigação defender.

Na campanha que o time vem fazendo o saldo é de 29 gols - inferior apenas ao do Corinthians, que tem saldo de 43. O destaque geralmente é o ataque. O do Avaí fez 58 gols. Mas a zaga do Avaí não fica atrás. O saldo se mantém alto pelo excelente trabalho da dupla de defesa - formada com o Cássio e Émerson na maior parte da temporada e agora com o novo titular André Turatto. A defesa do Avaí é apenas a segunda menos vazada com 29 gols, também atrás somente do Corinthians, foi vencida 22 vezes.

O técnico Silas não tem do que reclamar. Pode contar ainda no banco de reservas com Rafael, irmão de Cássio, e Fabrício, outros zagueiros considerados de qualidade.

Mas mesmo com essa fartura de bons jogadores, não abro mão do Émerson, Silas também não, e os torcedores avaianos muito menos.

Ele poderia estar na seleção? Na minha opinião poderia. Mas para isso ele teria que estar fora do Avaí e isso eu não quero.

Maria Luiza Gil

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