domingo, 23 de novembro de 2008

Vingança de Vágner Mancini

Só pra ele o jogo contra o vice-líder Grêmio, neste domingo, dia 23, significava alguma coisa. Demitido no início do ano, invicto, o ex-técnico do time gaúcho sepultou suas chances de título há duas rodadas do fim do Campeonato Brasileiro 2008. Com um placar de 4 a 2, no Barradão, a equipe do Vitória venceu, continuou onde estava, em 11º, mas agora com 45 pontos. Comemora Vágner Mancini e a torcida do São Paulo.

sábado, 22 de novembro de 2008

Hymne d'Avaí

O Loucos por Futebol, programa da ESPN, encerrou sua edição deste sábado com uma homenagem ao Leão da Ilha. Simplesmente, o hino em francês. Não deve ser novidade para os fanáticos, mas...


Larguem as contas. O negócio agora é torcer

Torcer, primeiramente, para que o Figueirense ganhe seus dois jogos: contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, e o Internacional, no Scarpelli. Também cruzar os dedos para que o São Paulo vença o Vasco já nesta rodada e por fim torcer para que o Náutico perca uma das partidas restantes. O time de Recife tem nesta reta final o Atlético-PR, que deve dificultar lá nos Aflitos, e o Santos, na Vila Belmiro. Basta isto para que ocorra a troca de posições entre o Alvi-negro e o Timbu.

É isto, torcer...

"Ão! ão! ão! Segunda divisão!"

Este seria o grito mais coerente para a cena lamentável proporcionada pelos novos integrantes da elite do futebol, Corinthians e Avaí.

E... valia o que, mesmo?

Programa Ponto de Encontro 20/11/08

Com algumas mudanças, o programa Ponto de Encontro do dia 20 foi ao ar com os participantes: Pedro Henrique Lima (flamenguista), César Soto (palmeirense), Vinícius Schmidt (palmeirense) e Áquila Becker (gremista). Sem intervalo, pela primeira vez, o programa teve reportagem e sonoras de personagens da partida de quarta-feira, dia 21, entre Brasil e Portugal, no Estádio Bezerrão, em Gama-DF. O placar de 6 a 2 abriu brecha para que surgisse questões como a capacidade do técnico Dunga, a definição de Luis Fabiano como um 9 ideal para vestir a camisa da Seleção, a fragilidade da seleção portuguesa, tão temida na Euro-08, entre outras. Com opinião os participantes comentaram estes e outros assuntos. Houve espaço para falar da vitória do Internacional, que goleou o Chivas Guadalajara por 4 a 0 e ganhou a vaga na final contra o Estudiantes, da Argentina.
Série A e Série B fecharam os temas do antepenúltimo programa deste ano (a partir do dia 8 a UFSC fecha suas portas, inclusive a Rádio Ponto). Ouça agora!!

Programa Ponto de Encontro (20/11/08)
Apresentação: Marcone Tavella
Participação: Áquila Becker, César Soto, Pedro Henrique Lima e Vinícius Schmidt
Equipe de Apoio: Áquila Becker, Rafael Hertel e Tomás Petersen
Técnica: Roberto Vargas
Orientação: Giovana Rutkoski e Eduardo Meditsch

DOWNLOAD Parte 1
DOWNLAOD Parte 2
DOWNLOAD Parte 3

Programa Ponto de Encontro 13/11/08

Após a conquista da vaga na Série A do Campeonato Brasileiro 2009, nada mais justo que a presença de um torcedor do Avaí. Por isso a convidada especial desta edição do Ponto de Encontro foi a avaiana Ágatha Schmitz, estudante de jornalismo da UFSC. Notavelmente feliz com a conquista, que veio após vitória sofrida contra o Brasiliense por 1 a 0, com gol de Evando, Ágatha falou sobre a campanha do time nesta Série B, os destaques, o alívio, e as expectativas em relação ao ano que vem. Além do Avaí o programa teve espaço para Série A, que não tem nada definido, tanto em cima quanto em baixo na tabela. Quem completou a mesa foram o gremista Tomás Petersen, o são-paulino Rodolfo Conceição e os representantes dos times que se confrontam no próximo final de semana, Tiago Machado (palmeirense) e Rafael Hertel (flamenguista). Não faltou corneta e alfinetadas de todas as partes. Confira baixando os dois blocos do programa.

Programa Ponto de Encontro (13/11/08)
Apresentação: Marcone Tavella
Participação: Ágatha Schmitz, Rafael Hertel, Rodolfo Conceição, Tiago Machado e Tomás Petersen
Equipe de Apoio: Áquila Becker e Tomás Petersen
Técnica: Roberto Vargas
Orientação: Giovana Rutkoski

DOWNLOAD Bloco 1
DOWNLOAD Bloco 2

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Programa Ponto de Encontro: 06/11/08

Retomando o assunto Fórmula 1, um dos temas do último programa, o Ponto de Encontro do dia 6 de novembro foi o mais abrangente de todos em termos de assuntos. Além da Fórmula-1, Sulamericana e Campeonato Brasileiro Séries A e B foram debatidos pelos convidados. No primeiro bloco repercutiu-se a corrida de domingo (2/11) e comentou-se o futuro de pilotos como Nelsinho Piquet e Rubens Barrichelo. Posteriormente, com a presença do figueirense Leonardo Gorges, o assunto foi o jogo entre Figueirense e Fluminense, no Orlando Scarpeli, jogo do dia 5/11. Depois a pauta foi a Copa Sulamericana com a participação dos times brasileiros: Botafogo, Palmeiras e Internacional.
O segundo bloco foi dedicado ao Campeonato Brasileiro (Séries A e B) que a cada rodada tem feito cair previsões, dado esperanças aos mais pessimistas e vem rendendo comentários de todos que gostam de futebol.

Programa Ponto de Encontro (06/10/08)
Apresentação: Marcone Tavella
Participação: César Soto, Áquila Becker, Leonardo Gorges, Pedro Henrique Lima
Equipe de Apoio: Áquila Becker, Tomás Petersen e Rafael Hertel
Técnica: Roberto Vargas
Orientação: Giovana Rutkoski

DOWNLOAD Bloco 1
DOWNLOAD Bloco 2

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Um tal Silva

Há uma fábula corrente entre os fanáticos por Fórmula 1, na qual alguns abençoados conseguem ter acesso a Mim e, em vez de perguntarem sobre os mistérios da humanidade, questionam-Me sobre quem seria o melhor piloto de todos os tempos. Ainda de acordo com a lenda, eu mostro a eles um sujeito normal, que vive pacatamente como contador, ou algo do gênero, num canto qualquer deste mundo. Perplexos, os fãs não entendem. “Bom, Eu o projetei, física e mentalmente, para que fosse o maior de todos; não tenho culpa se ele nunca chegou perto de um carro veloz”, explico, encerrando a historinha. Devo dizer que foi o mais perto que vocês chegaram de Me entender desde... bem, sejamos sinceros, vocês nunca Me entenderam direito.

Houve alguns outros homens que também foram desenhados para esse ofício e, felizmente, chegaram perto o bastante de um bólido para se apaixonarem pelo cheiro de gasolina. Poucos, porém, justificaram o projeto de biomecânica divina e assombram o mundo demonstrando a capacidade que, modéstia à parte, fui Eu quem lhes deu. Há vinte anos, no dia 20 de outubro de 1988, acontecia um desses episódios, no Japão. Não foi com nenhum japonês, não; quero dizer, eles são bons engenheiros de motor e de carros de passeio, mas nunca saiu daqui de cima o projeto de um bom piloto de olhos puxados. Foi um brasileiro, um tal de Silva. Ayrton Senna da Silva.

No campeonato daquele ano, o Silva disputava o título com um francês que corria com o mesmo carro e, devo admitir, tinha saído da Minha prancheta mais bem equipado: era mais calmo, preciso e cerebral. Alain era o nome dele. Não lembro o nome completo, desculpem; geralmente guardo só os verdadeiramente especiais. Enfim, ambos eram bons e o carro era fantástico, tanto que ganhou 15 das 16 corridas do ano. Parecia até feito por Mim; na verdade, meu lápis só gerou os japoneses que desenharam o motor. O fato é que o francês estava indo melhor: até ali, tinha abandonado apenas duas provas, vencido seis e chegado em segundo em outra meia dúzia. O Silva, mais arrojado e dado a erros, tinha vencido sete e mais apenas dois segundos lugares, além de outros resultados ruins.

Acontece que nunca saiu daqui de cima um projeto de criador de regulamentos esportivos. Assim, por algum motivo, contavam para o campeonato apenas os onze melhores resultados da temporada. Não fosse por isso, o Silva já não teria mais chances ao chegar em Suzuka. Bastava a ele chegar na frente do Alain. Injusto, claro. Cabia a Mim, portanto, fazer a justiça de... bem, a Minha justiça. Não pude interceder nos treinos; ele era bom demais nas tomadas de tempo, fazendo treze poles só naquele ano. Então, misteriosamente, na largada, o motor dele não pegou. Era um teste, na verdade: queria ver se o Silva desistia. Não desistiu. A largada do GP do Japão era numa descida e o cara teve a presença de espírito (santo?) de fazer o carro pegar na banguela.

Até pegar, no entanto, vários carros e pilotos menos bem-projetados o ultrapassaram. O francês, que largou em segundo, disparou na frente. O brasileiro foi parar em décimo quarto. O carro, porém, era muito bom. O Silva também, mas não sou de ficar Me gabando. Ao completar a segunda volta, ele já estava em oitavo. Nas duas voltas seguintes passou mais quatro caras. O esforço era tão grande que comecei a ficar compadecido pelo sujeito. Então, misteriosamente, começou a chover na 14ª volta. O Alain era perfeito, mas só em condições perfeitas. Não, não foi um erro de projeto! A única falha que admito ter cometido com ele foi o nariz, que o prejudicava um pouco para colocar o capacete, mas nada grave.

O Silva começou a girar cinco segundos mais rápido por volta que o nari..., digo, o francês e logo o alcançou. Isso foi na volta 27, com 16 faltando para o final. Eles chegaram em alguns retardatários e o brasileiro forçou a passagem. E passou. Assim, sem mais nem menos, como se nada tivesse acontecido nas 26 voltas anteriores. Em seguida, começou a debochar, abrindo mais de três segundos por volta. Não gostei dessa atitude e, misteriosamente, faltando poucas voltas, apareceu um japonês retardatário na frente dele. Lembrem-se que Eu disse que não existiam bons pilotos japoneses, e não que não existia nenhum piloto japonês. O Nakajima, esse era nome dele, não sei porque me lembro, empolgado por estar correndo em casa, resolveu segurar o Silva. O Alain chegou perto, mas não teve tempo de fazer nada. Não havia mais o que fazer, afinal. Alguns minutos depois, o Silva abriu a última volta. Achei que seria de bom grado, depois de tudo que Eu fiz, dar uma descidinha e parabenizá-lo, campeão mundial de Fórmula 1 pela primeira vez. Nos anos seguintes, ele sempre dizia que tinha Me visto ao cruzar a linha de chegada. Viu mesmo, o Silva. O grande Ayrton Senna da Silva.

Bruno Volpato

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sobre Segundos de Euforia

Na última vez em que assisti a uma corrida inteira de fórmula 1, do ínicio ao fim, Airton Senna morreu. Lembro de poucas coisas da ocasião. Na verdade, acho que só me lembro realmente de alguma coisa, qualquer que seja, porque foi nesse dia em que vi meu avô chorando pela primeira vez.

Neste domingo, anos depois, acabei acompanhando o GP de Interlagos. Não sei bem o que foi. Nunca fui um grande entusiasta do automobilismo. Talvez fosse a torcida dos meus amigos e do resto do país, talvez fosse porque eu realmente simpatizo com Felipe Massa, o Zacarias da Ferrari. De qualquer forma, às 15 horas, lá estava eu defronte ao televisor.

A corrida começou morna e logo se tornou entediante como sempre. Tive de resistir bravamente à tentação de mudar de canal, mas confesso que fui me distraindo com outras coisas, apesar de manter a TV sintonizada. Acho que o fato de não ter mais nada que preste nos canais abertos aos domingos (tudo bem, talvez não só aos domingos) tenha sido um forte motivador a manter-me firme.

Massa foi o líder do campeonato por alguns instantes, é verdade, mas eu sabia que aquilo não duraria. Nenhum outro motor tinha potência para rivalizar com os da ferrari e da mclaren. Havia apenas um fator que poderia dar o título ao brasileiro: o talento individual dos pilotos. Infelizmente, eu sabia que não havia tanto talento para garantir a colocação de Hamilton atrás o suficiente.

Deus, como é bom às vezes estar enganado. Foi assim que, faltando apenas duas voltas para o fim, Vettel, alemão que já não tinha nenhuma chance ao título, parte para cima do inglês e dá o Campeonato a Felipe Massa. Nesse momento eu já estava na beira do assento, praticamente de pé, rezando para todas as divindades que conheço, e até a algumas inventadas, só para garantir.

O brasileiro, depois de liderar desde o começo a corrida, cruza a linha de chegada Campeão do Campeonato. tudo o que havia para fazer tinha sido feito. O impossível tinha se transformado em possível e o país verde-amarelo era então vermelho.

Até a penúltima curva da última volta. Quis o destino que o jovem piloto da escuderia italiana não conhecesse a vitória. Não neste ano, pelo menos. Timo Glock, com pneus para pista seca, não conseguia tração suficiente para manter sua quarta posição debaixo da chuva que caía sobre Interlagos. Assim, com a curva, nada pôde fazer para impedir a ultrapassagem de Sabastian Vettel, seguido por, sim, senhoras e senhores, Lewis Hamilton.

A inglaterra conseguia um novo campeão depois de doze anos. O brasil perdia o seu.

Acho que não trago muita sorte ao automobilismo brasileiro. Pensando bem, não temos tido muita sorte mesmo nesse tempo em que passei ausente.

Deveria acompanhar o campeonato no ano que vem?...


*para ler o restante desta crônica acesse o blog de César Soto:
http://www.sobreovazio.blogspot.com/


César Soto